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Maria da Penha Maia Fernandes

  • Foto do escritor: Fran
    Fran
  • 4 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura


Fico estarrecida com a capacidade das mulheres em se reerguer, se reinventar e refazer suas histórias.


Maria da Penha é um nome conhecido em nosso país, por estar ligado a luta pelos direitos das mulheres, em favor de suas vidas e contra a violência doméstica.


A Lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006, ficou conhecida como ''Lei Maria da Penha'' justamente por conta da luta de Maria para ver seu agressor condenado.


Essa mulher que nos inspira, é farmacêutica, cearense e recebeu de seus pais uma educação rígida. Conheceu seu marido ao mudar-se para São Paulo, para cursar sua pós-graduação.


Segundo ela, o casamento ia bem até o nascimento de suas três filhas; depois, ela passou a não reconhecer o homem com quem vivia. Ele batia nas crianças e lhe causava uma extrema violência psicológica.


Sendo que em 1993, Marco Antonio tentou matá-la com um tiro, que a deixou paraplégica; quando, depois de muita luta pela vida, Maria retornou a sua casa, sofreu nova tentativa de homicídio, o marido tentou eletrocutá-la.


Quando criou coragem para denunciar seu agressor, Maria da Penha sofreu com a descrença das autoridades; além de que, mesmo condenado, o homem saiu em liberdade após entrar com recursos.


Mas nossa protagonista não desistiu, já que o país não a ouvia, ela levou sua luta para autoridades internacionais. Com isso, em 2001 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil por negligência em relação ao caso; fazendo com que as leis do país fossem reformuladas quanto aos casos de violência doméstica.




''As falhas existentes não estão na lei em si, mas nos aplicadores. São falhas oriundas da cultura machista. Alguns delegados, promotores e juízes ainda deixam que o machismo intrínseco na sociedade tenha uma interferência negativa nos casos que julgam”




O agressor, Marco Antonio Heredia Viveros foi condenado a 10 anos de reclusão, porém, cumpriu menos de um terço da pena.



Hoje, aos 72 anos de idade, Maria da Penha é uma participante ativa do movimento feminista, segue em discussões e na luta pelos direitos das mulheres, atua por meio da mídia e de palestras.





Uma grande inspiração, concordam?

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